terça-feira, 17 de março de 2009

I Sobre Quem



Muitas Vezes já me faltou a àgua,
Por muitas vezes também me faltou a luz...
E em noites que somente sob a luz de velas eu podia enxergar
Giz de Cera e papel me faziam desenhar,
Brincando com sombras, para os outros adivinharem,
Cantando junto com um radinho de pilhas, até as baterias delas se ensgotarem.

Ir Dormir para esperar a luz do sol chegar,
Para iluminar a minha casa,
Onde as paredes guardam meus momentos de dor e sofrimento.
Me fazendo lembrar de cada copo com àgua e açúcar que bebi,
Em momentos em que meus pais brigavam.
Essas paredes guardam...
E se essas paredes falassem,
Elas contariam cada vez em que me vi de joelhos,
A rezar, para que eles parassem de se insultar...